Kaô kabecilê xangô! Laó obánixé kaô
Sou boi vermelho da Vila Vintém
Bato cabeça nesse altar
Hoje o meu tambor vai ecoar
Agô egbé yá Nassô
Vinda de além mar abriu caminho
Chegou nossa mãe trazendo axé
Nos terreiros de candomblé
Pretos e pretas construíram uma nação
Sob o orvalho e gratidão à Alafin
Eternizando as raízes de iorubá
Filhos sagrados de iyalorixás
Resplandecendo no reino de Oyó
No esplendor de oòrún e òsupá
Clamando nossos ancestrais
No xirê dos orixás
Guardiã yá Nassô ô
Gerou no ventre a criação nagô
Renasceu a esperança
Venceu preconceito e a intolerância
Somos brancos de aráintile
Justiça e amor
Somos vermelho de xangô
Obatossi soprou liberdade
Pra bamboxê obitikô
Com as bençãos da trindade
Reergueu-se o mais antigo terreiro
Espalhando a semente da fé
Irrigada pelas águas de oxum
Aryá ponon opukudê, felicidade
Brilhou o adê sagrado da ancestralidade