Lembro os sonhos em minha vida
Os quais nunca percebi
As promessas mal cumpridas
As quais nunca prometi
Era tão inesperado
Minha vida tava ali
Num invólucro lacrado
Sem intenção de fugir
Tanta dor no meu caderno
Mas palavras são em vão
São um vão de amores ternos
E a desexplicação
Que nunca foi dada
Que nunca foi nada pra mim
Volto ao começo, sem ter um meio, sempre narrando meu fim
Poucos homens em minha vida
Pouca vida, a vida em si
As palavras de partida
E vontades de sumir
Tão covardes foram eles
Tão covarde que eu fui
Tanta imbecilidade
Nesses olhos tão azuis
Tanta imbecilidade
Nesses olhos tão azuis
Tanta falta de verdade
Ao me amar ou fazer jus
A nomes manchados
A nomes passados pra mim
Volto ao começo, sem ter um meio, sempre narrando meu fim