O sambêro com a guimba
Canta Donga
A voz rouca soa tradição
A calunga alinhava com as congas
A palma aponta a direção:
?Anjo, seu cajado é de lodo e barro?.
Manjo, vai rezar reza forte pr`um santo?
Num partido era dito, o cogito
Alambique e guizos no sermão
E rezava, o sambêro, à São Benedito
Leva o manto sagrado a procissão
Uma leva de homens e meninos
Somem à noite e deixam um vão
E deságuam almas e ritos
O copo e vela branca na mão
?Banjo, o seu solo é ingrato e manco?.
?Santo era samba rezado em banto.?
Salta becos, manjedouras, marafonas
Seu califado é a mesa do centro de um bar
O sambêro, ora lento, ora de medo
Se esmera o partideiro do lugar
Sua mandinga é o pingado pro santo,
Na sexta-feira de branco, banho de descarrego,
A guimba na encruza, marafo e cânticos.
E mais um cai inteiro:
?Banjo, o seu solo é ingrato e manco?.
?Santo era samba rezado em banto.?
?Anjo, seu cajado é de lodo e barro?.
?Manjo, vai rezar reza forte pr um santo?.