Sob a chuva da cidade um moleque sai pulando
Short velho encardido, pelas ruas vai correndo
Vai pequeno, vai moleque. Cheio de sonho e virtude
Abre a mão e apara a manga, orgulhoso feito um Conde
Sem querer de tudo manga faz caretas e amiúde
Ao homem que o repreenda e que condene sua atitude
Traz a fome no semblante, seus olhinhos de moleque
Brilham mais que diamante, mesmo assim mostra saúde
Ôoo ôoo Pros homens tá tudo mal
Ôoo ôoo Pra ele tá tudo manga
Ôoo ôoo Pros homens tá tudo mal
Ôoo ôoo Pra ele tá tudo manga
Joga pedra na mangueira, erra e acerta na vidraça
Desembesta na carreira, grita o Pm na praça
Sempre sai pela tangente e escapole da mulher
Vai tocando as campainhas das mansões de Nazaré
Sempre que volta pra casa pula o muro do sobrado
Dá-lhe um tapa no jambeiro e é taxado de atentado
Traz a fome no semblante, seus olhinhos de moleque
Brilham mais que diamante, mesmo assim mostra saúde
Moleque se tu soubesses o quanto eu lembro de mim
Te Vendo de boca suja chupando manga assim
Moleque se tu soubesses o quanto eu lembro de ti
Me vendo de boca suja chupando manga assim