O sol da manha rasga o céu da amazônia
eu olho belém da janela do hotel
as aves que passam fazendo uma zona
mostrando pra mim que a amazônia sou eu
Que tudo é muito lindo
É branco é negro é índio
No rio tietê mora a minha verdade
Sou caipira, sede urbana dos matos
Um caipora que nasceu na cidade
Um curupira de gravata e sapato
Sem nome sem dinheiro
sou mais um brasileiro
Olhando Belém enquanto uma canoa desce o rio
E um curumim assiste da canoa
Um boeing riscando o vazio
Eu posso acreditar que ainda dá pra gente viver numa boa
Os rios da minha aldeia são maiores que os de Fernado Pessoa (bis)
Molhando meus olhos de verde floresta
Sentindo na pele o que diz o poeta
Eu olho o futuro e pergunto pra insônia
Será que o brasil nunca viu amazônia
Eu vou dormir com isso
Será que é tão dificil
Olhando belém enquanto...(bis)
E o sol da manhã
Rasga o céu da amazônia...