Nasci na pampa, sou campesino
Cruzei sozinho o mundo inteiro
Borges do Canto, depois foi farrapo
Republicano e missioneiro
Taurei na guerra, venci distâncias
Fui peão de estância, sou guitarreiro
Sinto orgulho de cantar a minha terra
Mostrar ao mundo meu canto sentimental
Canto no amor, canto na paz, canto na guerra
Mesmo que seja pra meu bem ou pra meu mal
Só com meu canto espanto o pranto
Triste dos campos no peão mensal
Não me envergonha de cantar minhas pobrezas
Viver sem farsas é meu modo de falar
Hoje aprendi desconhecer falsas riquezas
Em cifras gordas tenho medo de confiar
Vim lá da pampa para a cidade
E em liberdade quero cantar