(Paiakan)
Ninguém divide nosso estado? já tá tudo dividido
Vivemos na bellépoque dos valores invertidos
Até porque não tem sentido: rouba mas faz?
Não seja iludido porra, nós podemos mais
E se a rima aqui te faz, parar e pensar um pouco
Imagina ela pá! Primeira capa! Tu é doido!
Quem controla os jornais, pode controlar também
O peso da informação porra tu sabe que tem
Porém, a gente age como se disso não soubesse
Acho que é tanta fulerage que uma hora o povo esquece
É vero! E isso acontece ano após ano
Passamos do colosso à vergonha do cabano, então
Agora passa os pano e fala quem ficou de pé
Na corda todo translado é o Círio de Nazaré
Isso nada mais é que um pouco do sofrimento
Uma prece pra que isso acabe, um sonho: fim do tormento
E se eu tô perdendo tempo, eu vou tomar o seu
Entrar pelo seu rádio foi isso que aconteceu
Ficava muito bolado ouvindo um racionais, tipo
Égua muito firme a rima que esses bicho faz
Daí fica bem mais, fácil enxergar a verdade
Saber quem é que manda e quem não manda nas cidades
Não é o povo que escolhe, é um direito adquirido
Não importa onde nasceu. O que importa é ser bem nascido
Ai disk o inimigo são os que vêm de fora
Saiu de lá fudido e ainda reclama de onde mora
Não é assim que rola, todo mundo tem direito
Vai lá mano te informa, e acaba com preconceito
Se tu se diz tão safo já devia achar suspeito
Porque quem mata e rouba é quem costuma eleito?
(Palestino)
Eu não respondo por meus atos
quando o estado me diz não!
Eu não respondo por meus atos
quando o estado me diz não!
(Paiakan) E a gente acha que explorar nos deixa mais forte
Mas na real até agora só empurraram no norte
Político que se elege e se vende, velho suíno
Nem precisa apurar, já sabem nosso destino
Aglomerados são o palco da violência e miséria
E o desemprego e alcoolismo nunca tão na matéria
Então não se rebarbe se eu digo que eu fico puto
Aqui tem tanta em presa porra. E o povo não tem estudo?
Xii, fica nada de riqueza pai
E o pior olha o prejú pra natureza, vai
Ter que explicar com muito mais clareza, uai
Que lei é essa que só tira da minha mesa, sai
Empapucei, me dê um minuto (qual foi mano?)
Eu te falei é só falar que eu fico puto
Eu não respondo por meus atos
quando o estado me diz não!
Eu fico puto, eu fico muito puto
No Pará já normal vários morrem por minuto
Eu fico puto, eu fico muito puto
Se não tem porque brigar, não brigue por algo fútil
Eu fico puto, eu fico muito puto
Mano matando mano, como o mestre mandou
Eu fico puto, eu fico muito puto
Jogando um contra o outro pra depois tocar o terror
Eu não respondo por meus atos
quando o estado me diz não!