Olha só o índio velho, agora até falou sério
Te falar rimar é fácil as eu tenho meu critério
Posso mostrar a vida com sombra e água de coco
Ou quem tá na correria na febre do outro
Então abre o olho que o coveiro que ronda o cemitério
É o mesmo que porta a grana, dinheiro, minério
Dilate o cérebro, não vai deixar bater porquê?
Um acostumado, flagelado programado pra morrer
Eu mando logo é se fuder, o aversso a conhecimento
Disk tem, disk vai, mas não tem discernimento
Não pode perder tempo com os seus e as causas justas
Querem reconhecimento mesmo sendo F $
Eu continuo aqui na luta seguindo meu coração
Me desculpe vez em quando vai sair um palavrão
Mas é de indignação e até que tudo se esclareça
Eu vou fazendo meu som, e é o que me sai da cabeça
Aqui não tem mais besta, vou falar, antes que pense
Bote mais pratos na mesa, isso aqui é rap paraense
O estado do futuro que o passado gerencia
Tamo fudido no escuro, eterna aristocracia!
Nó já provamos que capazes somos de tomar tudo!
E eu não falo do açaí ou de outra comida típica
Isso é arte popular, mas com uma linguagem mais crítica
Nó já provamos que capazes somos de tomar tudo!
E eu não falo do açaí ou de outra comida típica
Mas, mas, mas
Mas tu sabe que tu não é o que tu fala
tu sabe que tu é o que tu faz
Acontece que uns esquece e acabam por falar demais
Se é isso que neguin faz, eu não vou levar pra mim
Só falo do que eu sei, e faço o que eu tiver afim, ai
Então saca só essa descoberta
de quem tem cabeça aberta
Pois quem presa pela métrica teu seu valor
Então vai mano te esperta, quando atirar vê se acerta
Que o revide vem depressa e ainda te joga no flow
Se o maluco que toca o tambor
também pode produzir flechas
O guerreiro que prega o amor
também pode sim iniciar uma guerra
Se o maluco que toca o tambor
também pode produzir flechas
O guerreiro que prega o amor
também pode sim iniciar uma guerra
E eu tô ligado que essa merda vai ficar por isso mesmo
Nem me estresso puxo, prendo e passo pro lado direito
Tão pensando que essa porra vai ficar por isso mesmo?
Agora contem com o ódio que tomou o lugar do medo
Nó já provamos que capazes somos de tomar tudo!
E eu não falo do açaí ou de outra comida típica
Isso é arte popular, mas com uma linguagem mais crítica
Nó já provamos que capazes somos de tomar tudo!
E eu não falo do açaí ou de outra comida típica
Isso é arte popular, feita aqui no Pará!