E dessa forma vou chegando, mostrando que não sou santo
Dom juan pevirguladez se apresentando
Um alô prus braços / bonsoir pras minas
É o senhor do asfalto / que faz subir o clima.
Com a poesia de neruda / e o breque de moreira
Mostrando prus de agora, / o que é de primeira.
Pra me tapear, / nem com muito blá,blá, blá
Pois assim me criei / brincando na arte de versar
Malandro de ibope, que paga pra vacilar
Chega na hora do abate e pede logo pra vazar
Deixando pru papai todo o desenrolar,
Pra levar no beiço, na gaita
Na disposição ninguém vai me vencer
Não gosto de apanhar, nem gosto de bater
É por essas e outras que uso meu dublê
Malandro que é malandro o perigo nunca vê
Não dá a cara a tapa pru risco não correr
Sabe viver a vida, num alegre viver
Contempla a donzela e sua bela saia
Canela fina style, não fica só na lábia
E nem vem que não tem
Canela fina style sacudindo muito bem
E nem vem que não dá
Tire as sandálias e comece a balançar
E chega pra lá
Que o espaço tá pequeno e todo mundo quer dançar
Quem conhece não esquece muito menos se intromete
Canela fina style cumpadi vê se confere
Gingando bem compassado / malandro papo afiado
Sapato de estilo fino / que ao pisar toma de assalto
O recinto, as damas, os cavalheiros
Todos no ambiente admiram de joelhos
Tentando entender por que é perfeito, diferente
Fazendo indivíduo repensar o tempo presente
As brigas hoje, não são como antigamente
Tipo noel x batista, os versos eram pentes
E a lábia navalha, essa era já tarda
Mas crava, a nossa sociedade é retardada
Ao deixar que menores ainda durmam nas praças
Eu sigo versando contra esse monte de farsas
O povo brasileiro tá cansado de desgraça
Essa gente é sofrida mas ainda faz graça
Da falhas da vida que viram piadas
Conto, causo, história nas ruas e calçadas
Não ficam tristes, fazem feijoada
E sambam contente sem medo de nada...
E nem vem que não tem
Canela fina style sacudindo muito bem
E nem vem que não dá
Tire as sandálias e comece a balançar
E chega pra lá
Que o espaço tá pequeno e todo mundo quer dançar