" quem morreu ?
Dou ao ao diabo
O bem estar que trazia
Deste ontem a cidade mudou
Quem era ?
Era quem eu via
Todos os dias o via
Estou agora sem essa monotonia
Deste ontem a cidade mudou
Um ponto de referencia de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia"
Parecemos estar nas nuvens
Mas na verdade é só o meu quarto cheio de fumo
A cinza apaga
Como lembranças a promessas
Ando a procura do isqueiro no escuro
Deixa-me passar
Deixa-me pensar
Deixa-me estragar tudo
Deixa-me em paz
Deixa-me desaparecer
Para não se repetir de novo
Estes sons sinistros ao meu ouvido
Deixa-me com medo disso
Foi escrevendo um livro
Para mais tarde poder ler-do
Vivo por dentro e tento
Expresso nada mais que nada
Fumo mata e traz-me todo
De vez até calma
Já viste no que me tornei ?
também queres que te transtorne ?
Não consegui ser o prototipo que sonhavas
Queres que me transforme ?
Sou o demónio pega nas asas e foge
O silêncio foi a melhor conversa que tivemos até hoje
Vira-me as costas e não grites a ver o que eu faço
Eu dei-te o mundo e tu pediste me o espaço neh ?
" o poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é a dor
A dor que deveras sente
E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Não as duas que ele teve
Mas só as que ele não tem
E assim nas calhas da roda
Que gira a entreter a razão
Nesse comboio de corda
Que se chama de coração "