Nós não somos iguais
As tábuas já não me sustentam mais
Pois nada se sustenta em mim
Está tudo sempre se equilibrando, tudo sempre oscilando
Entre a permanência e o fim
As cordas já não me aguentam mais
Não servem nem mais pra enforcar
O inimigo que você não move e apenas te observa
É só mais um a se equilibrar
Não me importa o seu tamanho
Há sempre alguém muito maior
E quem deve ceder além da ponte?
Não me importa o seu rugido
Há sempre um som que assusta mais
Alguém deve ceder nem que seja a ponte
Daqui de cima eu posso ver melhor
O que você tem pra esconder
Querer distância de certos pontos pode te manter ileso
Mas não é isso que eu vou fazer
Não me importa a sua força
Há sempre alguém capaz de mais
E quem deve ceder além da ponte?
Não me importa a violência que você tem a oferecer
Alguém deve ceder nem que seja a ponte!
E se o embate parece iminente é bom saber se defender
E se o abismo te observa o que você deve fazer?
Permanecendo inflexível ao invés de arrepender
Estipulando seus argumentos sem ter o que escolher
Nós não somos iguais