Acolhido pelo estado, aliado dos mortais
destinado ao consumo e, em suma, apenas sou mais um
sonho com o que é possível, nada além do trivial
atolado no comum, de braços dados ao normal
Algo me tortura e cega, mas eu não sei bem o que
tenho medos e receios, e não sei pra onde vou
Ganho menos que mereço, penso em grande produção
faço o lucro do comércio, imerso em minhas pretensões
protegido pela igreja, indo rumo à salvação
acredito no que vejo, não enxergo o que é real
Que angústia toda é essa? Não consigo descobrir!
sobre o que não me abandona, e aprisiona o meu viver
Acho que está tudo certo, Mas de certo nada sei!
O culpado por meus erros, não é nada além de mim!