O vento que vem das correntes
Que te opõem amassa o peito
E sufoca tuas aspirações
Rosto marcado pelo tempo
Mãos surradas de tanto trampo
O medo de perder tudo aquilo que nunca foi teu
Nossas vidas amargando sob o mesmo sol
E ninguém mais vê
Nossas vidas se desencontrando sob o mesmo céu
E ninguém mais se vê
Sob o mesmo céu nos desencontramos
Enquanto o norte se distancia no horizonte
Olhos nos olhos pra reconhecer
Somos iguais quando a necessidade vem
E se a cidade teima em torpecer
Transforma o predador em refém
Máscaras caem, revela Abel e Caim
O que eles querem de mim? O lado bom ou ruim?
Se o bem ou o mal, tanto faz, o povo quer Barrabás
A violência é bem mais fascinante que a paz
Nossas vidas amargando sob o mesmo sol
E ninguém mais vê
Nossas vidas se desencontrando sob o mesmo céu
E ninguém mais se vê
Ninguém mais se olha no olho, ninguém mais se vê