Falta saber quanto tempo ficaremos esperando
Falta instruir a intuição a ir além do óbvio
Verticalizam horizontes aos montes
As pontes desligam, as fontes já secam até a última gota
Empréstimos de estima, só pode estampa fina
O bolso abastado e a alma vazia
Compram panos e planos, sorriem alegres enganos
Se veem sagrados humanos e, ao final
Tudo é poeira e arrependimento
As cores do firmamento, quem apagou?
Tentaram me afogar num aquário de aço e ilusões
Mas não me perco nessa selva
Mas não me perco, não, não
Mas não me perco nessa selva
Em troca de pequenas falsas alegrias
De dentro de suas mansões
Projetando e comprando algumas porções
De exageros lícitos e nem tão lúcidos
Pra compensar as faltas
Tão profundas que te deixaram
Suas missões acabaram por parcas passagens
Nos pés das edificações dos egos
Então restaram as metrópoles cheias de corpos cegos
Gastando força e dando murro em pontas de pregos
Perfurando suas mãos em um vã
Entre o retrocesso e a evolução
E ao final de tudo é poeira e arrependimento
As cores do firmamento, quem apagou?
Tentaram me afogar num aquário de aço e ilusões
Mas não me perco nessa selva