Ecrã, Ecrã,
Ligado de noite e logo de manhã
Ecrã, Ecrã
Mensagem fútil e vã
Ainda vão continuar assim
A viver de imposições frente às televisões
Será que isto nunca mais tem fim
A jantar telejornais,
A gramar com os comerciais
A comer a vaca fria,
A gramar batata quente
Porra, dêem as nozes a quem tem dentes
Sentir emoções virtuais
Telenovelas nos quatro canais
Injecções de filmes banais
E deu-se a inversão dos factores
Agora é o homem quem perde os valores
Escravo de si próprio e das suas invenções
Vai desempenhando as suas funções
Atirar areia aos olhos das multidões
Ecrã, Ecrã,
Ligado de noite e logo de manhã
Ecrã, Ecrã
Mensagem fútil e vã
Ecrã, Ecrã,
Ligado de noite e logo de manhã
Ecrã, Ecrã
Mensagem fútil e vã
Ecrã, Ecrã,
Ligado de noite e logo de manhã
Ecrã, Ecrã
Mensagem fútil e vã