Ela era madrugada, era eterna sem raiar
Na cabeça dele era a princesa que ele nunca foi salvar
Ele não tinha nada, se entregueva com o olhar
Sabia que os dragões eram as distâncias
Que deixou de enfrentar
E ela era energia, livre e leve pelo ar
Era o arranjo mais perfeito que ele podia imaginar
E ele nem percebia que não era hora de falhar
Mas os seus vinte anos, não ajudaram a pensar
Agora conta os dias com as palhetas e os isqueiros que perdeu
Tentou prever o futuro, mas ela nunca mais apareceu
Não vê a morena que um dia o fez sorrir
E não aceita o fato dela morar lá e ele aqui
Ele queria era fazer um som
que encurtasse a distância que ia além do mar,
Resolveu cantar
Aceitaria qualquer solução
se fizesse a saudade parar de trabalhar
Resolveu cantar
Ela era melodia, era música em mulher,
Dançava junto com o mundo, fazia da vida seu balé
E ele fez poesia, agora tudo que ele quer
É andar pelos cantos cantando seu nome sempre que puder