Bem-vindo ao mundo da perdição
Onde a doença se camufla, vestida de salvação
Sorrir faz parte da atuação
Por mais obscura que seja sua intenção
Você acredita em nostradamus e que a humanidade só dura mais alguns anos
Uma pessoa negativa entre tantos
Que também cooperam para a situação em que estamos
Nós somos o que mostramos ou aquilo que os outros estão pensando?
Em certas oportunidades a mente oscila entre a sobriedade e a liberdade
Porque a distância põe a cabeça no lugar e reconhece a maldade
Nos bares, nos lares, nos amigos da cidade
E aí o que tem de melhor é pouca coisa, mas que muito vale
Então se você tiver muito o que falar, pois então fale
Se tiver algo de bom emanando, então deixe que exale
Por isso hoje nada me abala, vai ser muito louco
E o quanto vou enlouquecer vai ser muito pouco
Por fora até parecendo oco, mas é só a armadura
Pra aturar a vida dura e viver nessa tal democracia que na verdade é ditadura
Em 2013 foram 18 anos recém completos
Depois disso eu vejo o mundo mais frio
História sem pé nem cabeça com personagens complexos
Observada com os olhos murchos de um cão vadio
Eu vejo as mina usando vans e rebolando até o chão ao som de funk
Mas prefiro ficar com a minha orientação, fumando um kunk
Acostumado a viver nesse mundo de perdições
Onde as pessoas plastificam suas emoções
Tiram precipitadamente suas conclusões
E em algum lugar do mundo magoam alguém com as suas ações
De que adianta a honraria e as menções
De pessoas positivas nos refrões
Se lá foram se escondem as intenções
De artistas da vida com suas atuações
Protagonistas bons e também vilões
As falsas curas e as falsas conversões
Os falsos curtas e as falsas sensações
Movendo a humanidade para erradas direções
Pois todos unidos são então pistões
Fazendo do ar a compressão, esperando dos outros compreensão
Escrevendo em linhas tortas mais uma canção
Esperando que vire hit, ritmo de motivação
Bem-vindo ao mundo da perdição
Onde a doença se camufla, vestida de salvação
Sorrir faz parte da atuação
Por mais obscura que seja sua intenção