Você só quer saber aonde eu cheguei
Só pra me dizer, que eu não alcancei
A superfície, que você deseja
Que eu esteja, e que eu fracassei
Meus olhos me libertam desta hipocrisia
Feita por papai, mamãe, vizinho e titia
Sou eu quem me liberto, pouca coisa é real
Sei que sou boneco, operacional
Hábitos são reflexos de golpes mentais
Que tornam suas ações interesses globais
O taxado é o correto, o isento é marginal
Sei que sou boneco, operacional
Quando eu aperto On eles ligam o Play
Tentam me vender coisas que eu nunca precisei
Pra sobreviver, nem pra aprender
Que é tudo invertido, todo o certo é proibido
E que o estranho é mais bonito; é fácil de vender
Fácil de vender, fácil de vender
Quanto mais dispersos pra vocês, melhor
Dominam todo universo numa cajadada só
Cegam as pessoas rumo a mono visão
Melhor pouco no bolso do que dor nas mãos
Pouco no bolso do que calo nas mãos