Cada manhã, de cada dia
Que eu chego ao escritório
Naquela mesa que não é minha
De um banco ou de um cartório
Uma escolha direcionada
Nem triste nem feliz
Eu vou vivendo o mandatório
Da escolha que eu fiz
Mas chega o fim do dia
Eu fico animado
Volto pra minha casinha
Meu refugio financiado
E é só Segunda Feira, meu Deus
O que é que eu vou fazer?
Durmo só pra acordar no outro dia
Se eu não morrer (até lá)
Vendo a vida passar
Vendo todo meu tempo
Pra não ficar no Serasa
Pagar as contas de casa
E não sobrar no relento
Até a hora que eu acordo e jogo tudo pro ar
Volto pro nordeste e vou vender abará
Eu vou vender abará
Vou vender abará
Vender abará