Mesmo singelo meu canto,
Romanceio terra e pampa,
Trazendo na minha estampa
Os quatro pontos cardeais
E descobri, nos anais
Da rude filosofia,
Porque deixei a mania
De ser teatino demais...
Acontece, prenda linda,
Que do peito libertou-se
Um canto bárbaro e doce
Falando apenas de amores,
Para ficar a teu lado
E deixar os corredores.
A inspiração do poeta
Vem de ti, musa menina,
Qual estrela vespertina,
Clareando a alma do crente.
Depois que o sol, no poente,
Nos traz a noite mais cedo,
Esses teus olhos sem medo
Apontam rumos pra gente...
Dessas tuas lindas tranças
Faço rédeas do destino,
Que não sou mais um teatino,
Andarengueando a querência,
Pois cumpri a penitência
Nos caminhos do lirismo,
Devotado ao catecismo
Que aprendi nesta vivência.