Meus amigos,
essa noite
tive alucinação.
Sonhei com um bando de números
invadindo o meu sertão.
Vi tanta coincidência
que eu fiz essa canção.
Vou falar do número 1.
Falar do número 1
não é preciso muito estudo.
Só se casa uma vez.
Foi só um Deus que criou tudo.
Uma vida só se vive.
Só se usa um sobretudo.
Agora, o 12.
É só de pensar no 12
que eu então quase desisto.
São doze os meses do ano.
Doze apóstolos de Cristo.
Doze horas são meio-dia,
haja dito e haja visto.
Agora, o 7.
Sete dias da semana.
Sete notas musicais.
Sete cores no arco-íris
das regiões divinais.
E se pinta tanto o sete,
eu já não agüento mais!
Agora, o 2.
E no dois, o homem luta
entre coisas diferentes.
Bem e mal, amor e guerra,
preto e branco, bicho e gente,
rico e pobre, claro e escuro,
noite e dia, corpo e mente.
Agora, o 4.
O quatro é importante.
Quatro pontos cardeais.
Quatro estações do ano.
Quatro pés tem o animal.
Quatro pernas tem a mesa.
Quatro dias o Carnaval.
Pra encerrar!
Eu falei de tantos números,
talvez esqueci algum...
Mas as coisas que eu disse
não são lá muito comuns.
Quem souber, que conte outra,
ou que fique sem nenhum!