Lá vai o vento, Brasil a dentro
Lá vai o vento, Brasil a dentro (*)
Vento, vento zangado
Desmancha os cabelos da velha do lado
Sopra teu longo assovio
E brinca de roda com quem tá parado
(*)
Vai, arrasta a chuva
Assanha estas nuvens de tempestade
Mas sopra doce o seu sopro
No rosto do moço que fala a verdade
(*)
Dos anjos da luz
Das bestas sua igualha
Dos anjos da luz
Das bestas sua igualha
Vento que venta cantando
Embala as palmeiras na beira do mar
Conta a história das matas
Do verde das terras do lado de cá
Assopra e faz ventania
De noite ou de dia
Trazendo recados
Vento que varre os sertões
Levando notícias
Não fica calado
Dos anjos sua luz
Das bestas sua igualha
Dos anjos da luz
Das bestas sua igualha
(*)