participação de Jaime Vogeler e Nestor Amaral
Meu galo é brigadô, olerê
Peru é mexiriqueiro, olerê
O pato faz arrelia, olerê
Dentro do galinheiro
À meia-noite lá no meio do terreiro
Onde fica o galinheiro
Houve um barulho inferná
Meu galo preto lá formou uma brigaiada
Que a pobre da galinhada
Não parou mais de gritá
Meu galo é brigadô, olerê
Peru é mexiriqueiro, olerê
O pato faz arrelia, olerê
Dentro do galinheiro
Me levantei, pensando que era gambá
Que tava lá no quintá
Me comendo as criação
Quando eu cheguei eu vi aquele sururu
Era o galo com peru
Que tava lá em discussão
Meu galo é brigadô, olerê
Peru é mexiriqueiro, olerê
O pato faz arrelia, olerê
Dentro do galinheiro
Galo sabido quando chega no terreiro
Bate as asa, limpa o bico
Só pros outro respeitá
Eu tenho um galo mais mió do mundo inteiro
Filho de peru mineiro
Com marreca do Pará
Meu galo é brigadô, olerê
Peru é mexiriqueiro, olerê
O pato faz arrelia, olerê
Dentro do galinheiro
Um frango novo que tava lá no poleiro
Logo pulou no terreiro
Pra fazê mais alvoroço
Deu no marreco que diz era o mais valente
Que cumia inté serpente
Das banda do Mato Grosso
Meu galo é brigadô, olerê
Peru é mexiriqueiro, olerê
O pato faz arrelia, olerê
Dentro do galinheiro
Um pato véio se meteu a almofadinha
Pra namorá uma galinha
Que tinha ficado só
Meu galo preto com parte de delegado
Já mandou dois pinto armado
E pôs os dois no xilindró
Meu galo é brigadô, olerê
Peru é mexiriqueiro, olerê
O pato faz arrelia, olerê
Dentro do galinheiro
Um carijó que tinha parte de valente
Numa hora de repente
Foi brigá cum garnizé
E o peru que tomou uma bebedeira
Que teve a sumana inteira
Brigando com sua muié
Meu galo é brigadô, olerê
Peru é mexiriqueiro, olerê
O pato faz arrelia, olerê
Dentro do galinheiro
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)