Põe as galinhas pra dentro
Recolhe os lençóis
Fecha os vidros
Desliga as tomadas
E deixa as faíscas passarem
Tocando tambores, cuidado
Sinto cheiro de chuva no ar
Ela vai chegar, ela vai chegar
Ela vai chegar, ela vai chegar
Ela vai chegar, ela vai chegar
Ela vai chegar, ela vai chegar
Sinto que a chuva que cai sobre a minha cabeça
É a mesma de sempre que dá outra volta
No ciclo das águas choveu sobre as eras
Pudera, lembra que a chuva quem manda é Deus
Toda chuva santa tem um raio ateu
Toda chuva santa tem um raio ateu
E ela vai chegar, e ela vai chegar
E ela vai chegar, e ela vai chegar
Toda chuva santa tem um raio ateu
Toda chuva santa tem um raio ateu
E ela vai chegar, e ela vai chegar
E ela vai chegar, e ela vai chegar
E de repente olha o tempo virando e a gente
Percebe bem rente aonde a chuva termina
Um rastro de cheiro de terra molhada
Repara, alma lavada é mesmo assim
Lá no Paraguai ou no Paraná
Em Aquidauana ou em Cabrobó
Chove em Hong Kong e em Baependi
Chove em Jordanésia e no Tucuruvi
Em Tegucigalpa e em Valladolid
Chove em Cochabamba e no Jardim Peri
Chove na Rocinha e no Morumbi
Chove em Alagados e no Cariri
Chove Tião Carreiro, chove Tom Jobim
Chove até dinheiro, mas eu nunca vi
Chove em Hong Kong e em Baependi
Chove em Jordanésia e no Tucuruvi
Em Tegucigalpa e em Valladolid
Chove em Cochabamba e no Jardim Peri