Leu a cigana o teu fado
Na palma da minha mão
Tens o destino fechado
Nos muros desta prisão
Mas nem assim tu entendes
Que um dia hás-de ser minha
E juras que não te rendes
Às loas d’uma adivinha
Tu desdenhas do meu beijo
E foges do meu abraço
Se eu digo que te desejo
Dás em fingir embaraço
Mas bem sabes que é escusado
Iludir esta paixão
Tens o teu fado bordado
Nas linhas da minha mão