Minha terra está sangrando
As aves morrem de pena
Mais penas tem quem cá mora
E os dias que vão passando
Dizem à boca pequena
Que até o silêncio chora
Em meu corpo vem morrer
Uma brisa de loucura
A culpa de não ser grito
Este jogo é de perder
Sem um gesto de aventura
Cativo de um chão restrito
Orfãs de lua e de estrelas
As noites vestem de luto
Por madrugadas chorando
O vento recusa as velas
Esperanças não as escuto
Minha terra está sangrando