Vem da corneta
Percorre o som que corta o vento
Sobre ordens do heróico
Navegante forasteiro
Bandeiras alvirrubro
Es fincado em solo puro
O senhor Vaz de Caminha
Emocionado escreve a punho
?noticias pra rainha
A descoberta do futuro
A corte portuguesa
Enriquecera para muitos?
De penas pergaminhos
Boas novas lusitanas
O sangue inocente
Nessa lamina derrama
?nativos primitivos
Portugal agora manda
Trabalharas pra nós
Tanto vocês como as crianças?
Aproveitando a inocência
E o medo da matança
Roubaram a esperança
Cultura riquezas terras
Ontem esta ensolarada
Hoje fúnebre e amarga
Deixar de ser primata
Viver como cara pálida
Seu Anchieta por favor
Ensine a reza
Mas porque a índia chora ??
E tem sangue sobre as pernas???
Refrão:
Do mar se viu...
A caravela desponta
Estórias de Brasil
Entre outras mil que se conta
Oh puta que pariu
Independência ou morte
Quem será que gritou o nosso povo ou a corte ???
Do mar se viu...
A caravela desponta
Estórias de Brasil
Entre outras mil que se conta
Oh puta que pariu
Independência ou morte
Quem será que gritou o nosso povo ou a corte ???
Zumbi disse :
?Vasunce? será livre
Feito águia que voa
O céu azul sem limite
Quando os ?dragão tive?
Encantado com a mucama
Que se banha inocente
Linda nessa água branca
Eis que com a própria lança
Sangrara nesse rio
Quem viu Portugal
Agora é Cabral quem manda
Em nome de Izabel
Será escravo sem direito
Sirva bacalhau e vinho
A damas cavalheiros
O comendador que possuiu
Também ganhou filhos negros
Depois do tal jantar de gala
O estupro da senzala
Animal sem escrúpulos
Uma presa acanhada
Sobre o gesto estúpido
Obsceno maltrata
As correntes prenderam
Mas não calaram a alma
A fidalga também teve
Negra mãe de leite
Tudo porque a sinhá
Não queria seios caídos
Então o seio das negras
Alimentavam seus filhos
Refrão:
Do mar se viu...
A caravela desponta
Estórias de Brasil
Entre outras mil que se conta
Oh puta que pariu
Independência ou morte
Quem será que gritou o nosso povo ou a corte ???