Se amavam
Com a sede dos marujos
Lavando os olhos sujos
De mar e de embarcações
Se devoravam com a fome dos presídios
Com a festa dos sentidos
Guardados em seus porões
O amor cheio de gula
Desvairado e febril
Como a gente nunca viu
O amor cheio de fúria
Tão selvagem que por mim
Condenava não ter fim
Se adoravam
Mais tanto, tanto, tanto
Que eu já não me espanto
De um dia te amar assim
(Postado por Cláudio Cleudson)