Hoje o céu pintou seu nome
Hoje o homem acordou
Com uma saudade enorme
Da miséria que restou
Da platéia que aplaudiu
O primeiro ato falho
Dessa panaceia vã
Radiei-me
Ouviu-se alto
Meu desabafo
Num raio
de alguns metros colidi
Com seu canto
um manto quente
O meu já não quer sair
sem motivo aparente
Antes fora herói sem voz
Mundo afora maltrapilho
Carregando ainda a cruz
De quem canta sem motivos
Sem auxílio eu não me afino
Dói essa mágoa ardente
doses não são suficientes
Trago em mim tua lembrança cor de mel
E o amargor de escolher provar do mesmo féu
Hoje o céu pintou seu nome em mim
Solo Flauta
Hoje o céu gritou aos homens
Solitário eu fui também
Quando o sol me deixou claro
Que a chuva ao leste vem
Nos limpar do caos do dia
Que raiou sim
Sem querer
Deu-nos luz e alforria
Maravilha é viver
Sem temer o perecer
E assim
Guiei-me ao horizonte
enfado
E Livrei-me da dor desse fardo
Trago em mim a lembrança do teu féu
Ao provar da utopia
Unifiquei-me ao céu
Que hoje pintou seu nome em mim
Em mim
Trago em mim
Teu sabor
Tua lembrança cor de mel
E o amargor de escolher provar do mesmo féu
Hoje o céu pintou seu nome em mim