Somos reis, não é só por um dia, com toda regalia que não se pode comprar
Somos reis, finalmente, quem diria
O pão de cada dia é a melodia, aqui a luta continua
Somos reis, não só é por um dia, com toda regalia que não se pode comprar
Somos reis
O pão de cada dia é a melodia, aqui a luta continua
Cultura contemporânea, novas tendências da arte
É um rolê de bike com o céu e o peito aberto na quebrada fim de tarde
Tarda, mas nunca falha
Respeito é minha farda
espada e escudo nesse campo de batalha
Contra quem não enxerga a rua como morada e o céu como teto principal
A vida inteira despreza um pão com manteiga e reclama de barriga em cheia toda ceia de natal
Uns pedem socorro, outros socorrem
Quem cola pra somar faz o coro, entra na roda, na dança, se envolve
Há quem insulte, quem julgue sempre a primeira vista
sei bem do meu caminho e o faço de cabeça erguida, sem receio desde o ponto de partida
E boto fé na força jovem, que aqui não tem parada, não
Vem exercendo a função
desde cedo porta-vozes da nação
São tempos difíceis, exige calma
Até que a morte nos separe
arte, luta e fé
por mais que hajam flores, há caos pra todo lado
que rufem os tambores
temos novos soldados
Bang Bang! Ouça o disparo a mil
Bang Bang! O povo todo assistiu
Man, munição verbal fere mais do que um canhão
E dependendo do contexto, é também a salvação
Somos reis, não é só por um dia, com toda regalia que não se pode comprar
Somos reis, finalmente, quem diria
O pão de cada dia é a melodia
aqui a luta continua
Somos reis, não é só por um dia, com toda regalia que não se pode comprar
Somos reis
O pão de cada dia é a melodia
aqui a luta continua
De peito aberto
Ouvindo um boombap noventa
Certo pelo certo
Grato a todas as vivências
A música negra que me resgatou
Do dub, ao rap, ao blues
Tudo o que me lapidou
Aos meus professores da escola da vida
E aos meus amores, amigos, família
A percepção de que a dor é divina
É a luz quando a causa parece perdida
Canto pela juventude
Pela informação
A quem se encaixa na regra e não na exceção
A quem sente na pele a cultura da repressão
E carrega mil halteres com o peso do mundão na costa
Seu ódio bate e volta
Então não chora quando bater de frente no X1 e sem escolta
Aqui, onde jaz civil
Pátria amada armada de granada e de fuzil
Bang Bang! Ouça o disparo a mil
Bang Bang! O povo todo assistiu
Man, munição verbal fere mais do que um canhão
E dependendo do contexto, é também a salvação
Somos reis, não é só por um dia, com toda regalia que não se pode comprar
Somos reis, finalmente, quem diria
O pão de cada dia é a melodia
aqui a luta continua
Somos reis, não é só por um dia, com toda regalia que não se pode comprar
Somos reis
O pão de cada dia é a melodia
aqui a luta continua