Como fragmentos de um fuzil queima em direção aos olhos
Chega aos ossos como um frio lascinante
Rasteja por dentro estremecendo a carne de forma incessante
O pavor que transforma na medida que a pela endurece
E um abismo abre a cada instante
O que te faz pensar que o amanha não vai ser melhor?
Um velho corpo aqui renasce – um mundo se renova
Quando a sua escuridão chegar tocando o ombro
É chegada a hora – um aviso de mudança
E agora seja firma ao encarar o que não se quer ver
É preciso ir de encontro a um novo sol – um novo patamar
Seus pulmões explodem em silencio
O desespero e a raiva lhe infectam com o medo que criou pra si
É preciso mudar – é preciso morrer – pra que o novo venha a tona
Outro dia nascerá sem vestigios de qualquer plano
Deixe o medo lhe tomar corroendo os membros
Consumindo a mente até o fim
Não há mais o que temer quando não se tem o que perder
O silencio invade e deixa claro o quanto os olhos
Podem mostrar tudo tão diferente
E agora o estomago aberto não esfria e o coração enrijece
Quando um abismo abre a cada instante
O que te faz que o amanhã não vai ser melhor?
Um velho corpo aqui renasce – um mundo se renova
Renova... outra vez.