(“Toque o berrante, berranteiro!
Toca a viola, violeiro”)
Amigo, tenho uma viola e um berrante pendurado
É uma verdade que relembra meu passado
Amigo, sinto tristeza e não posso recordar
A minha viola esquecida na parede
E o berrante comigo a soluçar
O meu destino sempre foi ser boiadeiro
Com minha viola e o berrante e repicar
Tenho saudade das cidades que eu passava
De todas elas tenho coisas pra contar
E das caboclas que eu deixava apaixonadas
E eu jurava de um dia lá voltar
(“Ô berrante apaixonado!
Vamos enfrentar essa boiada das bandas de lá, companheirada! ”)
Amigo, tenho uma viola e um berrante pendurado
É uma verdade que relembra meu passado
Amigo, sinto tristeza e não posso recordar
A minha viola esquecida na parede
E o berrante comigo a soluçar
Esta viola e o berrante, companheiro
São duas coisas que eu não posso esquecer
Me acompanham desde o tempo de menino
Por isso mesmo que eu contei pra vocês
Esta relíquia sempre está em minha vida
Só deixarei quando um dia eu morrer
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)