Você não sabe de onde venho
Como vivo e as coisas que tenho
Como alimento minha cria
Só me entende como estatística
Nem ressonancia vai varrer
As coisas que eu tenho em mente
Luto e como quando consigo
Como, quando e ainda estou vivo
Estou no final da fina de chinelos e calça pilim
Nunca me vê, tenho rosto comum
me associa a coisas ruins
Tome providências, minha previdência sumiu na privada
Acho que não entende
que é fácil tirar de alguém quando não se tem nada
Quando caio você sorri como algum algoz pisa em mim
Mas eu levanto você não entende
como minha natureza me faz assim
Ninguém me tira o escalpo
Ninguém me tira o escalpo
Minha natureza me faz assim
Ninguém me tira o escalpo
Speedfreaks de Niterói na pista de assalto
Mãos ao alto não tenha medo de mim cuidado com incauto
Sujo, vi o malvado civilizado
Consciente de quem sou eu e de quem está do meu lado
Só penso em dinheiro não me incomodo com você
tá comigo tá com o diabo
Morrer sem o perigo prefiro morrer sozinho
Vai se fuder, se cruza o meu caminho
Direto e honesto sem pegadinha do malandro
Eu continuo pegando mais mulheres que o Wando
Das profundezas do underground carioca
ando no meu escafandro
Miquite no rio na minha oca na toca
Speed não é otário muito menos idiota
Sempre sagaz sempre de olho nas xoxotas
Malandro não fala pra não se comprometer
Eu falo pra caralho solta um beat se vai ver
O último da fila deu várias volta em cima
Tá em primeiro meu parceiro nas mina e nas rima
Dinheiro dos outros no meu bolso a vida ensina
Pesa pra caralho e as vezes te arruína
Mina veja meu número é 666
Hoje é natal tô pronto pra ceia
Falsidade protocolo capturado na teia
Gilbert veio aqui me visitar na cadeia
O que é seu e seu o que é meu e meu dá pra ver
Óleo e água felicidade e mágoa
Não se mistura, mas o efeito é maneiro pode crer
Não estraga a nossa cara enxagua
Ninguém me tira o escalpo
Ninguém me tira o escalpo
Minha natureza me faz assim