cara preta, cara pálida
cara preta, cara pálida
cara preta, cara pálida
cara preta, cara pálida
preta, pálida
preta, pálida
se a palavra é válida
a cor da cara não muda nada
não ajuda nem atrapalha
aqui, não tem parada, MC Speed e Napoli camarada
caras descoloradas na mesma pátria amada
pálida de fome, preta na pele e no microfone
Brasil varonil, reveillon 2000 no Rio ao som de fuzil
o que consome mesmo o homem é andar a esmo
sou índio, branco e negro
minhas veias vazam sangue vermelho
plebeu brasileiro, real no vocal municipal
estrangeiro no meu meio quando semeio
trash raps, flashes de antepassados gravados
no gene, sem gentileza, a crueza da minha verdade
intoxica covardes, exita beldades
Speed Freak striptease da realidade
cara preta, cara pálida
cara preta, cara pálida
cara preta, cara pálida
cara preta, cara pálida
preta, pálida
preta, pálida
Paulo Napoli e Speed explodem na sua fuça
a sua face sua quando veste a carapuça
cara preste atenção nos caras pálidas aqui
cada página da vida é dividida entre o sim
e o não, o bem e o mal, o início e o fim
sendo assim a rima te atinge como um Pim!
e se hoje eu como o pão que o diabo amassou
ou então faço um sanduíche e recheio com som
essa é a minha função e eu não estou sozinho
eu e meus amigos preenchemos o seu vazio
com o punho fechado, fistando alguns putos
escalpo na fachada, esse é o produto
hip hop real na sua cara paga pau
de São Paulo capital cuspindo rap nacional