Por que será que a gente se lembra eternamente das coisas pequeninas
da casa onde nascemos, de um pé de crisântemos coberto de neblina
das simples historinhas de príncipe e rainha que nossa mãe contava
de um sabiá coleira, que as tardes na paineira alegre gorjeava.
São coisas pequeninas, que marcam nossas vidas e assim tudo termina
só as coisas pequeninas nunca são esquecidas.
O badalar de um sino que eu vi quando menino ao longe atrás da serra
as flores que se abriam e os campos coloriam chegando a primavera
são coisas que ficaram, são passos que marcaram a nossa longa estrada
são sombras revividas marcando nossas vidas em cada encruzilhada.
São coisas pequeninas, que marcam nossas vidas e assim tudo termina
só as coisas pequeninas nunca são esquecidas