declamado:
(“Porteira véia tão triste
Que até hoje ainda existe lá na beira da estrada
Quantas vez eu lá passei
E a porteira então fechei pra visitar minha amada
Isto já faz muitos anos
Pra mim já foi um desengano, eu então cismei comigo
Pelo meio desse amor
Só pra aumentar minha dor tinha ali um inimigo
Um dia de madrugada
Passando por uma estrada, eu tava tão distraído
De repente, num instante
Escutei bem lá distante um grito forte e um gemido
Saí correndo pra estrada
E a porteira ensangüentada me abalou o coração
Então corri do outro lado
Mas quá, cheguei atrasado, morta ela tava no chão
Ali mesmo ajoelhei
Chorei baixinho e rezei, depois tive um pensamento
Nada se encobre na terra
Joguei meu chapéu em terra, de vingá fiz juramento”)
Porteira véia da borda da mata
Com o tempo abandonada
E tendo bem perto uma cruz
Onde jaz minha mineira amada
Porteira véia da borda da mata
Com o tempo abandonada
E tendo bem perto uma cruz
Onde jaz minha mineira amada
Mineira me abandonou
Me deixou no mundo penando
Quando eu passo na borda da mata
Chego perto da porteira e fico chorando
Quando eu passo na borda da mata
Chego perto da porteira e fico chorando
Eu choro é de tristeza
E tenho razão de chorá
Um bandido traidor
De inveja do meu amor meu bem ele foi matá
Um bandido traidor
De inveja do meu amor meu bem ele foi matá
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)