Meu pai morava comigo quando nasceu meu filhinho
Ele ficou tão contente por ter aquele netinho
Foi ele que ensinou a dar os primeiros passinhos
O menino foi crescendo com tanto amor no veínho
Que somente ele dormia, ai, ai, no colo do vovôzinho
Mas quando ele fez dois ano meu velho pai faleceu
O menino sentiu tanto que também adoeceu
Com a tal paralisia certo dia amanheceu
Não podia mais andar, suas perna enfraqueceu
Deitado em sua caminha, ai, ai, chamava pelo avô seu
Foi aí que eu alembrei de uma fotografia
Peguei e dei pro menino pra ver se ele se entretia
Quando ele viu o retrato até chorou de alegria
Apertando sobre o peito estas palavras dizia
Meu querido vovôzinho, ai, ai, há quanto tempo eu não via
E naquele mesmo instante meu filho se levantou
Com o retrato na mão pelo quarto ele andou
Daquela fotografia duas lágrimas brotou
Ainda depois de morto meu querido pai chorou
Mas graças a um milagre, ai, ai, o meu filhinho sarou
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)