Na beira do Rio do Peixe num lugar bem retirado
Residia um lavrador com um ano de casado
Tinha um filhinho de colo que nem era batizado
Apesar de muito pobre vivia tranquilizado
E quando o dia raiava a canoa ele pegava
O rio ele atravessava pra cuidar do seu roçado.
Certo dia o lavrador muito bem intencionado
Resolveu de por em frente um serviço atrasado
Levou a mulher pra roça com matula e virado
Deviam voltar mais cedo por isso haviam deixado
Naquele ranchinho ausente o garotinho inocente
Que sonhava sorridente no seu berço mal forrado.
Uma grande tromba d'água desabou naquele lado
O rio encheu de repente que ficou tudo alagado
O mais alto dos barranco tambem ficou tansbordado
Quiseram voltar pra casa canoa tinha rodado
Que destino traiçoeiro daquele casal roceiro
Olhando aquele aguaceiro gritando desesperado.
Um cachorro policial esperto e bem ensinado
Dormindo em baixo da cama por sorte havia ficado
Quando viu que aquele rancho ia ser tudo inundado
Tentou salvar a criança pra não morrer afogado
Entrelaçou no seus dentes o garotinho inocente
E num gesto de valente atravessou o rio a nado.
O casal ja lamentando em gestos desesperados
A morte do seu filhinho que as águas tinha levado
Logo viram o cachorro completamente molhado
Farejando o garotinho que ele havia salvado
Pela força do destino o cão salvou o menino
Este milagre divino foi por Deus determinado.