Não bata a porta em minha cara
Não suje o prato onde comeu
Tantos favores que eu lhe fiz
Será que você esqueceu?
Que eu tirei você da fossa em que estava
Te dei comida, lhe dei roupa pra vestir
Quando ninguém em você acreditava
Te dei a mão e com amor lhe socorri
Porém agora em que está num mar de rosa
Você não lembra dos favores recebidos
Mas não se esqueça que outra vez pode cair
E os seus gritos talvez não serão ouvidos
Não bata a porta em minha cara
Não suje o prato onde comeu
Tantos favores que eu lhe fiz
Será que você esqueceu?
Este teto que hoje lhe agasalha
Custou suor deste que você odeia
Porém não julgue estar vencida a batalha
Porque o perigo à todo instante nos rodeia
De uma hora para outra se atrapalha
E os amigos poderão lhe esquecer
E eu ainda posso lhe dar a mortalha
Pois ninguém sabe a hora certa de morrer
Não bata a porta em minha cara
Não suje o prato onde comeu
Tantos favores que eu lhe fiz
Será que você esqueceu?