Numa estradinha deserta
Vinha vindo um boiadeiro
Com dez peões e capataz
Por este chão brasileiro
Levantando um poeirão
Quinhentos bois pantaneiros
Repicando o seu berrante
Por todo o sertão mineiro
Ao chegar num certo ponto
Num rancho beira da estrada
Já ia caindo a tarde
Ele fez uma parada
Naquele velho ranchinho
Viu que era uma morada
E gritando com os peões
Resolveu fazer pousada
O velho que ali morava
Contando o seu passado
Eu já fui um boiadeiro
E no laço arrespeitado
E pelo nosso sertão
Sempre lidando com gado
Ao saberem o seu nome
Os peões ficaram abismado
Hoje já estou cansado
Me encontro neste bagaço
Minhas pernas enfraquecidas
É a marca do meu fracasso
E pelo Brasil inteiro
Eu já fui o rei do laço
Minha fama correu mundo
Eu sou o Punho de Aço