Eu venho da roça, do cheiro de mato,
De boi carreiro, burro marchador,
De estrada barrenta e boi na invernada,
Da simplicidade do interior,
Aqui o berrante reúne a boiada,
Que em comitiva corta o estradão,
E quando chora viola caipira,
Chora com ela todo sertão.
Sou sertanejo, matuto e sereno,
De alma caipira, filho desse chão,
Um violeiro, um poeta da roça, de verso e canção,
Sou pantaneiro, sou homem do campo,
Pedaço de gente, metade animal,
Eu sou um filho da mãe natureza, do meu pantanal.
Vida pantaneira, boiada no estradão,
Aqui mãe natureza, bem na palma da mão,
Vida pantaneira, e uma rede pra dormir,
Terra que traz vida, sou tão feliz aqui.
Aqui o berrante reúne a boiada...
vida pantaneira, boiada no estradão..