Lá no mato onde a lua faz morada,
Boi berrando na invernada, anuncia o entardecer,
O por do sol faz do araguaia um espelho d'água,
Rocha brota doce água, fonte limpa pra beber,
No fim da tarde, ponho a rede na varanda,
Fogão de lenha preparando o meu jantar,
Desmancho o fumo e acendo um paieiro,
O tereré na cuia não pode faltar.
Peixe de rio, água da fonte,
Meu paraíso, que me faz feliz,
Bicho no cio, rio sob a ponte,
Deus tá presente e não sai mais daqui. (bis).
Minha menina de beleza tão singela,
Meiga, doce, flor mais bela,
Anjo bom, minha paixão,
Ao longe vejo meu cavalo bom de laço,
A boiada enche o pasto, agradeço em oração,
A peonada senta bem à beira da fogueira,
E sempre tem um cantador pra acompanhar,
O violão que faz parelha com a viola,
E moda boa, faz qualquer peão chorar.
Peixe de rio, água da fonte... (bis).