Luar do Natal - (Paródia: Luar do Sertão)
O que saudade do tempo da minha infância
Quando ainda a esperança balançava o coração
Porque agora eu crescido já não sonho
E sem tempo vou perdido vagueando pelo chão.
Naqueles tempos quando dezembro chegava
A sapeca criançada era doce feito mel
Porque loguinho numa noite estrelada
Seria assim premiado pelo bom Papai Noel.
Coisa mais linda no mundo não existia
Quando esse bom velhinho chegava pra alegrar
E se a folia fosse tanta então a vara
De marmelo até coçava um bumbum a reclamar.
Isso era sonho que alegrava toda a infância
Que numa grande lambança enfeitava a vida em flor.
E o bom velhote com sua barba branquinha
E a roupa vermelhinha era assim o grande amor.
Não há, ó gente, o mais sonhar e tudo fica igual
Não há, ó gente, o encantar das noites do Natal.
E nesses dias com uma grande magia
As crianças espreitavam para vê-lo, então, chegar
E curiosas com o coração aos pulos
Papai Noel procuravam a toda hora e lugar.
Porém, agora, com a vida apressada
O Natal já não é o mesmo, não dá nem pra acreditar
A mídia compra o sonho de qualquer um
E até a liberdade fica presa, sem pensar...
Pra muitos pais que têm muito compromisso
E a criança é um rebuliço a coisa é diferente
Eles conquistam o afeto da criança
Na falsa ideia que a mesma tenha na mão um presente.
Por isso peço ao meu bom Papai Noel
Que peça ao bom Jesus um milagre de Natal
E que agora ao invés de só presente
Traga o sonho que está / enterrado no quintal.
Não há, ó gente, o mais sonhar e tudo fica igual
Não há, ó gente, o encantar das noites do Natal.