Quanto vale um diamante
fora do universo vigilante
Quase morto,abra seus
olhos e veja uma renascença
dolorida pronta para ser sacudida
Perseverança em jejum
sobre a fênix kamikaze
Desorganizar seus complexos
e construir cada passo sem regras
Assopre minha ferida e a deixe
chorar em silêncio simbólico
Sempre o sarcasmo contínuo
no teatro das raposas
Se distraindo olhando
para a ilusão no casulo
Em uma cama mentalizada se
deita o coágulo noturno
Sua arte evaporando em cima
de propagandas transgressivas
Nuvens em colisão, trovões órfãos
despencam sem um rumo
Essa é uma tarde sem respostas para
perguntas que não vem a luz do dia
Esvazie minhas malas e deixe
um erro abandonado dentro do carro
Na linha de montagem de teorias
Espectros dançam na sala vazia
O caminho imaginário do paraíso
é de açúcar contemplativo
Me faça descer ao abismo e
resgatar a depressão natural
Criador de crônicas acolha só
por hoje este barulho sem mãe.