Quando me alembro
Do forró do Chico Moço
Meu Deus que forró colosso
Que saudade que me dá
O funga funga
Cheira cheira no pescoço
Pondo o sangue em alvoroço
E o corpo a se arrupiar
Era o chamego
No relado da cintura
Puxado por uma fervura
Com aquela farta de ar
Um bate coxa
Mela mela e no repuxo
Socando bucho com bucho
Como a quem quer misturar
Forró pra ser gostoso
Tem que ser colado
E o diabo arrochado
Naquele furdum
Nariz fungando quente
No pé do zuvido
E um gosto do gemido
Só fazendo hum hum
Forró forró
Forró forró
Daquele jeito
Quando o zóio arrevirava
Parece que a vida tava
Em tempo de se acabar
Seu sanfoneiro pra beber
Parava o fole
E as pernas da gente mole
Quase nem queria andar
Já nem se vê
Como era nesse tempo antigo
Onde umbigo com umbigo
Se molhava de suor
Mudaram tudo
E hoje tá tão diferente
Fica os dois de frente a frente
Cada um dançando só