O menino procura o pai
Sente sua ausência
Envolto na tormenta,que amarra o sofrimento
E, sufoca a fala
O menino cala
varre os versos
palavras, que alimentavam a chegada do pai
então: espalha-os no abismo
Ao fundo ,a penumbra
imagens refletidas dos cristais
lembram o homem da fotografia
oculto nas gavetas,
Junto com as camisolas, que exalam alfazema
Mensagens, que ela silenciou
No seu coração vagueante
Onde está o sol? O farol que ilumina sua história
-E, agora qual estrada a seguir.Se, ele ainda não descobriu o amor
Sentimento que tudo alimenta, em tudo habita
Nas arrestas, onde só o vento tem passagem
Incorpora-se a neblina:
suas lágrimas transbordam
chuva de estio
E, são as estrelas
Que acompanham seu pranto
A solidão: costuma chegar depois que as lagrimas sequem
E, como a noite,
se despede aos primeiros raios do amanhecer