Se o Simão contra o Caraça vem à praça
É então com bizarria
Que a corrida tem mais graça
E demonstra fina raça
Da mais nobre valentia
E se houver toiros de morte
O rojão em mão certeira
Dando ao toiro o passaporte
P’ra vingar a triste sorte
De Fernando de Oliveira
E como louco aos seus heróis
O povo aplaude numa ovação
É o Tinoco, o Mourisco, o Vitorino Fróis
Num tourear do Núncio ou de Simão
A bancada até delira quando à tira
Com maior desembaraço
O mais novo Casimiro
Crava um ferro todo giro
Mesmo em cima do cachaço
E o pai que ‘inda é caudilho
A provar que é ser cavaleiro
Num só curto mostra ao filho
A destreza, a força, o brilho
Da nobre arte de toureiro