O tourito negro
Fugiu à manada
Foi beber ao pego
Na água parada
E viu o Chibante
Do Zé Colorau
O que foi amante
Da Chica do Mau
A chorar de mágoa
Na maracha fria
Mirando a água
Que já não corria
O tourito negro
Olhou e mugiu
Foi beber ao pego
E já não fugiu
Zanga de amor o amor agarra
Uma disputa não acende a briga
Pois o campino é como a cigarra
E o Charnequenho é como a formiga
Foi o cão fidalgo
Que saltou a sebe
Para ajudar o galgo
A correr a lebre
Que vai tão ligeira
Pelo chaparral
Que fica na beira
Do verde pinhal
E a lebre salta
Como lhe convém
E gritava a malta
A correr também
Mas o cão fidalgo
Vai para o redil
E o nobre galgo
Entra no canil