Fez o ninho o rouxinol
A tocar na água baixa
Guardado da luz do Sol
P'la caneira da maracha
Não tem de pôr sua
Mesa
Nem de calar a verdade
É senhor da natureza
E dono da liberdade
É livre de olhar as águas
De se afogar na corrente
De se afogar na corrente
É livre de contar mágoas
É livre de estar contente
Ninguém te corta o
Caminho
Nem te impede de voar
Ninguém te nega
Carinho
Ninguém te obriga a
Calar
Ó rouxinól da caneira
Inveja de toda a gente
Hás-de ensinar-me a
Maneira
De viver tão livremente