A paz está em falta, a guerra alimenta a alma
O sangue pulsa com pressa, eu tento manter a calma
a Rotina me cega, a regra me atrasa
Dou a vida ao caçador, sem pudor eu sou a caça
A doença me assusta, o laudo é claro
Todo povo que não luta está infectado
A epidemia vem contaminando os Estados
se nosso Estado é laico então jão
Aceitem que a nossa religião é a revolução
Oremos em devoção, nos vejamos como irmãos
Entendamos nossas mãos, não esqueça sua missão
Quando for pela razão que não lhe falte coração
Não, eu não tenho estoômago pra ver e achar cômodo
o olho do tolo que vem vendando um povo todo
Abafando o nosso coro, dublando nosso choro
Não te sustentas com pouco se és dono do ouro
Eu não trago solução pois sou parte do problema
a peste a praga a carcaça do sistema
Sou o grito que incomoda, os bico acha que é por moda
Mas não vim pra dá volta, resistindo até umas horas
Minha voz é meu escudo
(Então) Caminhemos juntos (Então) Cantemos juntos
Pro mundo, nossa dor, o nosso luto
Não levanto bandeira Oh Pátria amada traiçoeira
Sobe a maré, tamo de pé, nadando contra a correnteza
Não chores, irmão, Não chores
A causa é nobre, Guerreiro não foge, não corre
Juntos somos mais forte
Vamos Gritar pela nova ordem
Não chores, irmão, Não chores
A causa é nobre, Guerreiro não foge, não corre
Juntos somos mais forte
Vamos gritar pela nova ordem
Plantamos a desunião, cultivamos Inimigos
Escravos de nossa vaidade e do nosso egoísmo
Ser humano anda perdido, sem mapa e sem razão
Na rota da fuga porque a rota nas ruas exterminou a direção
Legislação corrompe a paz e a paz pede socorro
Lado leste lado loko, olha o menino de gorro
Gritando mãos ao alto, acerta as contas com o passado
Morre descalço sem saber onde deveria ter pisado
O inferno é muito perto e o diabo veste terno
Muda a estação mas continuamos sempre no inverno
É trágico mas não sensibiliza a justiça
Que continua parada ouvindo o choro das Marias
No silêncio das chacinas em mais uma noite fria
Suor mal remunerado empoçado nas oficinas
Nas fábricas que pintam o céu de vermelho
Vemos máquinas quando nos olhamos no espelho
Mas somos de carne, precisamos de pão
De mais igualdade de mais união
Derrubar os muros, construir nossa visão
Se calarem nossa voz tenhamos a pedra na mão
O governo é cruel pois é rico e miserável
Tem uma sede insaciável por um poder indomável
Sistema predador, aniquila os mais fracos
não mais sentimos dor, temos o peito calejado
E o olhar carregado com mágoas do passado
O tempo passou mas nossa fé devia ter ficado
Vida levou quem não podia ter levado
A saúde pública não salvou mas podia ter salvado
O gatilho disparou em quem não devia ter disparado
Os ladrões de terno nunca são procurados
O pobre quanto mais trabalha mais é explorado
O sangue escorre e nossos impostos o combrem com novo asfalto
Não chores, irmão, Não chores
A causa é nobre, Guerreiro não foge, não corre
Juntos somos mais forte
Vamos Gritar pela nova ordem
Não chores, irmão, Não chores
A causa é nobre, Guerreiro não foge, não corre
Juntos somos mais forte
Vamos gritar pela nova ordem